16 de Abril de 2011
Programa
- 10h00 - Chegada ao Largo da Sé
- 10h15 - Visita guiada pelo Sr. Bispo da Diocese de Lamego, D. Jacinto Tomás Botelho, à Sé Catedral
- 11h00 - Visita guiada ao Museu de Lamego
- 11h45 - Visita guiada ao Bairro e Castelo de Lamego
- 12h30 - Visita guiada à Igreja de Almacave
- 13h00 - Almoço livre
- 14h30 - Caminhada ao Balsemão
- 19h00 - Jantar no Restaurante Paixão
Sobre Lamego
Lamego emana história, antiguidade e património. Percorrer as suas ruas e avenidas é trilhar pedras e recantos que testemunham lutas e guerras, que recordam o seu resgate por Júlio César no ano 60 A.C. para que se elevasse a cidade no século IV.
Cidade impregnada de história, encerra em si testemunhos vivos do domínio visigótico, das ocupações árabes e cristãs. Nos edifícios Afonsinos, nos solares e casas brasonadas, nas igrejas, mosteiros e capelas, subsiste uma confluência de estilos: românico, gótico, renascentista e barroco.
Mas o esplendor máximo da cidade é, sem dúvida, o majestoso Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Em Setembro, dia e noite, Lamego vive intensamente a celebração da Romaria à sua padroeira. A cidade fervilha de emoções, acontecimentos culturais e religiosos: procissões, desfiles, folclore e muito, muito fogo-de-artíficio, bombos e bandas de música, que todos os dias levam a festa às ruas da cidade.
Lamego é um lugar incontornável para quem visita o Douro Sul. Uma das primeiras cidades a tornar-se sede de bispado, foi igualmente pioneira, no século XVI, na exportação do Vinho do Porto para os mercados ingleses. A deliciosa gastronomia de mil segredos e sabores atrai pelas suas iguarias. A doçaria conventual tem a sua expressão máxima nos bolos e doces, outrora confeccionados pelas mãos de exímias freiras. E o seu artesanato rico e diversificado é uma herança de arte e engenho perpetuada por gerações e gerações de lamecenses que ainda hoje trabalham as matérias-primas da natureza, transformando-as em objectos e utensílios do seu quotidiano.
Os inúmeros visitantes e turistas que durante todo o ano visitam a cidade são recebidos com simpatia e hospitalidade pelos seus habitantes e acolhidos em modernas unidades de alojamento. Encontram história, tradição e uma forte herança cultural, mas também variadíssimos programas de lazer e desporto ao ar livre, graças às excelentes condições naturais para a prática de actividades desportivas, radicais e fluviais como pesca e canoagem nas águas límpidas dos rios Douro, Varosa e Balsemão.
A Sé de Lamego, foi fundada em 1129. É uma catedral gótica, mantém a torre quadrada original, mas o resto da arquitectura reflecte as modificações feitas nos séculos XVI e XVIII, incluindo um claustro renascentista com uma dúzia de arcos bem proporcionados.
No século XII, após a restauração da diocese de Lamego, iniciou-se a edificação de um templo maior. A sua localização efectivou-se no Rossio de Lamego, na zona baixa da futura urbe, e iniciou-se no ano de 1159. Sagrada em 1175 a Santa Maria e a S. Sebastião, a provável conclusão da Sé só viria a acontecer em 1191. Contudo, as várias idades da História encarregaram-se de alterar, significativamente, o seu perfil românico original.
A Sé abre-se para um amplo adro lajeado, obra do século XVIII, com a fachada marcada pela robusta torre remodelada em Setecentos.
A fachada principal do templo foi reconstruída no reinado de D. Manuel I, combinando as formas do gótico flamejante e o tímido eclodir de algumas formas da Renascença. Com efeito, esta renovação da Sé episcopal começa no século XV e prolonga-se pelo seguinte. A campanha de obras da fachada realizou-se entre 1508 e 1515, de acordo com os planos do arquitecto João Lopes. No piso térreo rasgam-se três portais ogivais, com o central de maiores dimensões, constituídos por diversas arquivoltas assentes em colunelos, decorados com esculturinhas de motivos vegetalistas e zoomórficos. Acima destes abrem-se janelões góticos, com o central de dimensões monumentais e repartido por pétreas molduras curvas. Os três panos da fachada são divididos por quatro contrafortes e rematados superiormente por pináculos cogulhados.
Das diversas dependências que se prolongam a norte da fachada principal, é de destacar o antigo Paço dos Bispos, construção do Barroco setecentista e que é ocupado, desde 1917, pelo Museu de Lamego, onde se guardam algumas das melhores obras de arte da Sé e de outras casas religiosas da cidade.
O interior da catedral é repartido por três naves divididas em três tramos e cobertas por abóbadas de aresta, assentando em arcos de volta perfeita e grossos pilares. Os tectos foram pintados na primeira metade do século XVIII pelo pintor-arquitecto italiano Nicolau Nasoni, revelando perspectivadas composições do Barroco triunfante, com temática arquitectónica enquadrando episódios bíblicos. Nas naves laterais abrem-se diversos e sumptuosos altares barrocos. De grandes dimensões, a capela-mor foi reformulada no século XVIII, possuindo um retábulo dos finais de Setecentos combinando mármores e talha dourada, bem assim como um neoclássico cadeiral de alto espaldar. As janelas, portas, arcos e os seus dois órgãos são decorados por aparatosas estruturas de talha dourada. As capelas colaterais são modeladas por soberbas talhas retabulares barrocas, da autoria de João Garcia Lopes e realizadas em 1751. O altar principal do Santíssimo Sacramento possui um laborioso frontal de prata, obra de um ourives portuense e datada do terceiro quartel do século XVIII.
No coro alto pode admirar-se um belo cadeiral com pinturas, gracioso trabalho do Barroco do século XVIII. A iluminada sacristia contém um cenográfico Calvário com talha rocaille , obra de uma oficina regional e datada de 1757.
O equilibrado claustro catedralício é um empreendimento do século XVI, apresentando-se dividido em dois pisos, o primeiro formado por arcos de volta perfeita e o superior constituindo-se como galeria de colunas simples sustentando um alpendre.
Na planta inferior da crasta situam-se duas magníficas capelas. A dedicada a Santo António é revestida por altar de talha dourada e policromada, abrigando sagradas imagens seiscentistas. A Capela de São Nicolau, concluída em 1563, apresenta parte das paredes forradas com azulejos setecentistas alusivos à vida do santo e que são obra de uma oficina da capital. Possui ainda um harmonioso e movimentado retábulo de talha do século XVIII. Nesta capela quinhentista encontra-se sepultado D. Manuel de Noronha, um dos mais destacados bispos da diocese de Lamego.
Museu de Lamego - O Museu situa-se em pleno centro histórico da cidade de Lamego e está instalado no antigo Paço Episcopal, mandado reconstruir por D. Manuel de Vasconcelos Pereira, Bispo de Lamego entre 1773 e 1786. O edifício atrai pela sua singela fachada, bem ao sabor do barroco provincial, pouco dado às efusões plásticas então em voga, mas não abdicando de uma equilibrada grandiosidade, compatível com a dignidade eclesial do seu inquilino. O portal setecentista, de uma elegância contida, ostenta no topo o brasão do seu reconstrutor, ladeado por um corpo de janelas sobriamente decoradas, que se prolongam, superiormente, nas varandas com balaústres, ao gosto da época. D. Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito, Bispo de Lamego entre 1901 e 1922, aqui pretendeu instalar um Museu de Arte Sacra, mas a Revolução de 1910 obrigou à suspensão dos trabalhos.
No ano seguinte, a Câmara Municipal de Lamego decidia a criação de um Museu Artístico, a partir de do espólio recolhido por este Prelado, o que só veio efectivamente a acontecer em 5 de Abril de 1917, por publicação em Diário do Governo (n.º 53, 1ª Série), com a denominação de Museu de obras de Arte, Arqueologia e Numismática, ainda com a instalação provisória no ex-Paço Episcopal. A característica mais notória da colecção do Museu de Lamego é, sem dúvida, o seu eclectismo, à semelhança do que sucede na maioria dos museus. O espólio primitivo de mobiliário, tapeçarias, escultura e pintura, que já se encontrava no Paço, foi complementado com ourivesaria, paramentaria, capelas e respectivas esculturas provenientes do extinto Convento das Chagas de Lamego, a que se acrescentou o acervo arqueológico que a Câmara Municipal e particulares cederam ao museu. Cronologicamente e do ponto de vista estilístico, esta colecção situa-se maioritariamente no século XVIII, sem prejuízo de, no seu todo, abranger um largo período que vai do século I aos nossos dias, com evidente realce para o período renascentista, onde as tapeçarias flamengas e a pintura de Vasco Fernandes assumem o estatuto de ex-libris do Museu.
O Museu de Lamego constitui uma importante referência artística e patrimonial no panorama regional, nacional, e mesmo internacional, pela excelência e singularidade de algumas das obras de arte que expõe, possuindo, actualmente, em regime de exposição permanente, secções de pintura (séculos XVI a XVIII); escultura (séculos XIII, XIV, XVII e XVIII), ourivesaria (séculos XV a XX), cerâmica e azulejaria (séculos XVI a XX), arqueologia (romana, medieval e barroca), capelas e altares (séculos XVII e XVIII), viaturas (séculos XVIII e XIX) e mobiliário (séculos XVII a XIX).
Castelo de Lamego - De arquitectura militar, românica e gótica, o castelo de Lamego foi construído numa montanha, adaptando-se à morfologia do terreno. A sua característica particular é o facto da cisterna se encontrar distante da alcáçova. Actualmente é delimitado por panos de muralhas e torreões, resistindo ainda a Torre de Menagem, do século XII, e a cisterna. A sua construção começou no séc. XIII, com o objectivo de proteger os moradores da cidade. No século XVII ergueu-se um nicho em honra de Nossa Senhora da Graça. Dois séculos mais tarde foi colocado um sino (executado por Mateus Gomes). Em 1920, é colocado um novo relógio na torre de menagem e retiram-se os sinos para a Igreja de Santa Maria de Almacave.
Igreja de Almacave - Construída próximo de uma necrópole árabe (macab - derivando daí o nome de Almacave), este templo religioso é uma construção românica (séc.XII), tendo sido profundamente alterado, especialmente no séc. XVII, como são testemunho os painéis de azulejos com motivos geométricos e vegetalistas, o púlpito e a talha dourada. Do primitivo românico é de salientar um belo pórtico de arco apontado e arquivoltas. No séc. XVIII, os altares foram enriquecidos com azulejos e talhas douradas. De realçar ainda, no seu interior - de nave única - sem transepto e com capela-mor, os azulejos das paredes e do coro; o púlpito construído em 1600 e as esculturas de S. José e de Santo António, em madeira estofada do século XVIII. Reza a história que terá sido na Igreja de Santa Maria de Almacave que se realizaram as primeiras cortes do Reino de Portugal, corria o ano de 1143. Ainda hoje, a evocação desta assembleia, na qual terá sido aclamado e investido o primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques, é um dos símbolos do passado histórico de Lamego.
Capela de S. Pedro de Balsemão - Construída em época visigótica, sec. VII, a pequena capela de São Pedro de Balsemão constitui um dos raros exemplos de arquitectura religiosa altimedieval actualmente conservados em território português. O templo foi substancialmente modificado ao longo dos tempos, como se comprova pela actual entrada Sul, barroca, e pela solução dada à fachada ocidental, onde se situaria a entrada principal, adossada a um edifício residencial bastante posterior datado dos sec. XVII/XVIII. Da primitiva edificação conserva-se a disposição geral do interior, de três naves separadas por séries de três arcos de volta perfeita assentes em capitéis coríntios, talvez aproveitamento de colunas e capiteis Romanos, e cabeceira com capela única quadrangular. Deste período destaca-se a abundante decoração de base geométrica, cuja profusão de elementos não encontra paralelo em nenhum outro monumento peninsular contemporâneo. No século X, em pleno processo de repovoamento, a igreja foi objecto de uma renovação, ainda mal conhecida, mas cujos dados apontam para uma manutenção geral das estruturas já existentes.
Durante a Baixa Idade Média a Capela passou para a posse do bispo do Porto, D. Afonso Pires, que aí se fez sepultar num túmulo gótico no final do sec. XIV, e cuja qualidade plástica está patente no grupo escultórico do Calvário na testeira. Já no século XVIII a Capela foi aproveitada para panteão da família que detinha estas terras e, mais recentemente, na primeira metade do século XX, procedeu-se ao primeiro restauro do monumento. Actualmente esta pequena igreja basilical disputa com 3 outros templos, de norte a sul do pais, o titulo de templo Cristão mais antigo do país.
Sobre a Caminhada
No percurso/caminhada do Balsemão, o contacto entre granitos e xistos evidencia a riqueza geológica desta zona. As escarpas rochosas das margens do Rio Varosa são de uma beleza extraordinária. Nestas, a águia-de-asa-redonda labuta na construção de ninhos e alimenta-se de pequenas aves e mamíferos. As vinhas e os olivais predominam nesta região, onde também se podem observar espécies invasoras, como a cana-comum e a mimosa. Os silvados abundam no seio de giestas e de estevas. O pilriteiro e o medronheiro são plantas arbustivas existentes nas margens do Rio Varosa. Com as suas bagas vermelhas, propiciam imagens de formosura ímpar. Freixos e amieiros, plantas arbóreas, e rosmaninho, planta aromática, crescem com facilidade, pois o rio proporciona-lhes a água de que necessitam.
Pequeno percurso, paisagem deslumbrante, com cerca de 9 Km e com grau de dificuldade média. Piso de alcatrão, calçada portuguesa, terra batida e paralelo.
Conselhos Gerais ao Caminheiro
Por vezes existe alguma dificuldade em escolher o vestuário adequado para as actividades de Outdoor (ao ar livre), pois existem diversos factores que nem sempre são controlados ou do conhecimento dos praticantes.
Alguns conselhos/informações gerais.
A experiência torna-se então um aspecto importante.
1- Vestir de modo a não ter calor ou frio;
2- Estar preparado para o vento e chuva;
3- Estudar a natureza do percurso (montanha, no litoral, floresta, etc);
4- Ponderar a distância e a duração do percurso e em função disso levar mais ou menos vestuário.
Tipo de Vestuário:
1- O vestuário deve ser transpirável e facilitar os movimentos;
2- As zonas do corpo mais exposta devem ser cobertas com material mais resistente e leve;
3- O vestuário deve permitir a ventilação, sobretudo nas costas, axilas, punhos e pescoço.
Vestuário - Calçado:
A escolha do calçado depende do tipo de percurso e da época do ano.
As botas de Trekking polivalente são as mais indicadas.
As botas não devem ser apertadas pois dificultam a circulação.
Devem ser moldadas antes de serem utilizadas a sério.
A pele deve ser impermeável e a sola deve absorver os impactos.
Equipamento
- Mochila (ergonómica e se possível com reservatório de água)
- Gorro/boné impermeável
- Bastão de caminhada
- Óculos
- Canivete Multi-Funções
- Kit 1º Socorros
Equipamento de Orientação
Alimentação
Não deve nunca faltar água e alguma comida.
A alimentação deve ser ajustada em função das características do percurso e da época do ano.
Levar água (quente, num termo, se for Inverno);
Levar alimentos práticos e energéticos;
Alimentos liofilizados.
Conselhos Úteis
- Evite usar calçado novo nas caminhadas;
- Use roupa leve e adequada à estação do ano e às condições do tempo;
- Transporte sempre comida e água na mochila;
- Leve máquina fotográfica;
- Evite andar sozinho;
- Avise familiares e amigos para onde vai fazer estas actividades;
- Leve sempre roupa de forma a poder jogar com as peças;
- Faça percursos adequados ao seu nível de preparação.
Caminhar pode fazer verdadeiros milagres pela sua saúde. Esta é a opinião generalizada de médicos, professores de educação física e profissionais de saúde, que cada vez mais aconselham a combater o sedentarismo típico das cidades, fazendo uma ou mais actividades físicas regularmente.
16 de Abril
Programa
19h00 - Jantar no Restaurante Paixão
Aperitivos
Bolinhos de bacalhau, rissóis de carne, rissóis de camarão, bola de carne, bola de bacalhau, croquetes, caprichos do mar, queijo e presunto.
Jantar
Sopa de legumes, Espeto de carne mista com batata frita, arroz e feijão preto.
Bebidas
Vinho branco e tinto da região do Douro e refrigerantes.
Sobremesa
Natas do céu, salada de frutas, fruta ou pudim caseiro.
Café ou chá
Preço por pessoa: 10.00 Euros
Inscrições: TLM 96 8013140; 91 9552233
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