terça-feira, abril 26, 2011

Caminhada AARIS e APDVBestança na levada de Piscaredo Mondim

Associação para a Defesa do Vale do Bestança

Levada de Piscaredo

30 de Abril de 2011

Quase tão irresistível quanto o Vale do Bestança é a proposta para a caminhada na Levada de Piscaredo, em Mondim de Basto, no próximo dia 30 de Abril. Há quem diga que já os gregos e os assírios se deixaram deslumbrar por estes lugares!...

Breve caracterização da caminhada

Saída de Mondim de Basto (centro) em direcção á Levada de Piscaredo. O percurso decorre por um trilho ao longo da levada, por entre bosques de carvalhos, loureiros e freixos.

Chegados às Mestras, almoçaremos junto às águas serenas e límpidas dos Rios Cabrão e Cabril.

Feita a SESTA, partiremos em direcção à aldeia de Vila Chã.

No final do trajecto, um autocarro moderno, com ar-condicionado, conduzir-nos-á por outras paragens deste concelho, igualmente irresistíveis!..

História da Levada de Piscaredo

A construção da levada de Piscaredo remonta ao século XIII, ainda no reinado de D. Afonso II.

Devido à escassez de água, indispensável para a irrigação dos seus campos, os proprietários das terras de Mondim decidiram um dia partir de suas casas rumo às Mestras, confluência dos rios Cabrão com o Cabresto, e só regressaram muitos meses depois, trazendo consigo o precioso líquido.

Conta-se a este propósito que outras aldeias disputavam igualmente estas águas, iniciando a levada de baixo para cima.

Quando se aperceberam, já os de Mondim traziam a água consigo, conquistando não só o direito às águas, como também um excelente nível para a construção da levada.

Ao Longo da Levada há cerca de 15 ou 20 nascentes que lhe pertenciam. Hoje, grande parte dessas nascentes já não corre para o rego devido ao desnível resultante das obras efectuadas.

O Sorteio das Andadas, em número 17 (tantas quantos os proprietários que fizeram a levada), realiza-se a 24 de Junho, dia de S. João, resultando daí o rol que calendariza a utilização das águas, leiloando-se também meio-dia cujo produto reverte a favor das obras de reparação e conservação da Levada.

A Levada de Piscaredo tinha um "olheiro" que vigiava e repartia as águas pelos regantes e um regulamento próprio, constante das posturas camarárias a partir do século XVIII.

Esse Regulamento proibia, a título de exemplo, o corte das águas antes dos moinhos de Piscaredo e a obrigatoriedade de deixar correr pelo ribeiro que atravessava Mondim, um caudal de água equivalente à capacidade de uma telha cheia.

As referências mais antigas desta Levada denominavam-se de "Levada de Pisqueiredo". Actualmente parece ter evoluído para "Levada de Piscaredo", embora as duas versões sejam correctas.

Programa

  • 9:30 - Concentração junto ao Mercado Municipal (junto ao Tribunal)
  • 9.45 - Desjejum e partida para a levada
  • 13.00 - Almoço nas Mestras (confluência do Rio Cabrão e do Rio Cabril)
  • 15.00 - Partida em direcção aldeia de Vila Chã
  • 17.30 - Chegada ao Fojo e partida de autocarro para visita ao concelho
  • 19.30 - Jantar na Adega Regional Sete Condes
    Até altas horas da madrugada, para os mais resistentes, bailaricoooo.....

Jantar

Preço: 14 levadas

Ementa:

Preliminares: Enchidos, alheira, e outros...tudo muito suave e quente!

Acto principal: Couves com feijão, acompanhadas pelas respectivas carnes (suculentas e bem conservadas) ...uma explosão de sensações e sabores!

Descompressão: Doce da casa, leite creme e frutas laminadas...com tudo isto, ainda há quem resista?!...

Inscrições

Inscrições até ao dia 28.04.2011 - Limitadas aos lugares disponíveis no restaurante. (966277568; 96 8013140; 91 7619080; 917535075 )

Caminhada:
Sócios - isentos;
Não sócios - 5,00€

O que deve trazer:
Deve trazer o almoço, calças e botas de caminhada , água, frutos secos ou barra de chocolate. Com tempo húmido/chuvoso, não esquecer o impermeável e uma muda de roupa e calçado, máquina fotográfica, se gosta de fotografia.

* Esta é uma iniciativa de lazer e divulgação paisagístico-cultural sem qualquer cariz lucrativo. A ADVB não se responsabiliza por quaisquer acidentes que possam ocorrer aos participantes. Aconselha-se seguro pessoal para esta actividade.

--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
acredita-se estar livre de perigo.

segunda-feira, abril 25, 2011

Projecto Rios

Lousada projeto rios2011, adote 500 metros fotos Napoleão Monteiro 

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Enquadramento

Desde as primeiras civilizações, o ser humano, por razões económicas, culturais e de lazer,

esteve sempre ligado aos recursos hídricos, vivendo uma relação que sustentava uma

natureza mais poderosa do que o Homem. Com a evolução da civilização humana, esta

posição mudou. O desenvolvimento das sociedades actuais tem conduzido a uma degradação

generalizada do meio ambiente e a uma utilização irracional dos recursos naturais.

Actualmente, os rios e as ribeiras em Portugal apresentam vários problemas, nomeadamente

ao nível dos usos comuns e da afluência de oportunidades de exploração de recursos que

ocorrem ao longo da sua bacia hidrográfica. Muitos destes problemas resultam da falta de

conhecimento e participação pública, quer ao nível da população em geral quer ao nível do

poder decisor.

O que é o Projecto Rios?

O Projecto Rios é um projecto que visa a participação social na conservação dos espaços

fluviais, procurando acompanhar os objectivos apresentados na Década da Educação das

Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e contribui para a implementação da

Carta da Terra e da Directiva Quadro da Água.

A implementação deste projecto pretende dar resposta à visível problemática, de âmbito

nacional e global, referente à alteração e deterioração da qualidade dos rios e à falta de um

envolvimento efectivo dos utilizadores e da população em geral.

O Projecto Rios, pela metodologia que utiliza, pretende promover a curiosidade científica e

implementar o método científico experimental, através da recolha e registo de informações e

dados geográficos, físico-químicos, biológicos, eventos históricos, sociais e etnográficos,

contribuindo assim para a melhoria do espaço estudado e da qualidade fluvial global, com vista

à aplicação das exigências da Directiva Quadro da Água e da Lei da Água.

Como surgiu o Projecto Rios?

O Projecte Rius foi lançado na Catalunha pela “Associación Habitats para Projecte RIUS

Catalunya” em 1997, e desde então tem-se revelado um sucesso. Actualmente, em Espanha, o

Projecto Rios, com mais de 10 anos de experiência, desenvolve as suas actividades de

voluntariado, abrangendo mais de 1000 grupos em cinco Comunidades Autónomas:

Associación Habitats, na Catalunha; ADEGA, na Galiza; Xúquer Viu, na comunidade de

Valência; CIMA na Cantábria e Territórios Vivos, em Madrid. Foi estabelecido um protocolo para a sua adopção no território português com a “Associación Habitats para Projecte RIUS

Catalunya”.

Em Portugal, o Projecto Rios chegou em 2006 e é promovido pelas seguintes entidades:

Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA); Associação de Professores de

Geografia (APG); Liga para a Protecção da Natureza (LPN); Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto (FEUP). A ASPEA é presentemente a responsável pela coordenação do

projecto.

Actualmente estão envolvidas na implementação do Projecto Rios no território nacional

diversas entidades institucionais (câmaras municipais, juntas de freguesia, escolas,

associações, organizações não-governamentais (ONGs), institutos e centros de investigação),

empresas e a população em geral.

Objectivos gerais

O Projecto Rios visa a adopção e monitorização de um troço de rio, de modo a promover a

sensibilização da sociedade civil para os problemas e a necessidade de protecção e

valorização dos sistemas ribeirinhos. O Projecto Rios tem como principal objectivo implementar

um plano de adopção de 500 metros de um troço de um rio ou ribeira. Para auxiliar nesta

tarefa é fornecido um kit didáctico (ver “Materiais”).

Com a aplicação prática deste projecto é possível aprender a valorizar a importância das linhas

de água, implementar uma rede nacional através da observação, monitorização ou vigilância,

visando a conservação e adopção de diferentes troços de rios. Pretende-se ainda desencadear

um conjunto de actividades experimentais de educação ambiental e participação pública, no

sentido da implementação da Directiva Quadro da Água.

É de salientar que este projecto surgiu com o objectivo de contribuir para a implementação de

planos de reabilitação dos rios e ribeiras, com o envolvimento e responsabilização de toda a

comunidade civil, com vista ao desenvolvimento sustentado, à educação para a cidadania e ao

crescimento local e regional.

Objectivos específicos

- Promover a reflexão participada com a finalidade de criar um intercâmbio de estratégias e

metodologias de educação ambiental nas zonas ribeirinhas;

- Criar um espírito de cooperação entre os grupos envolvidos inscritos, fomentando a troca de

ideias e experiências em torno de preocupações referentes às zonas de estudo;

- Monitorizar e inspeccionar troços de um rio ou ribeira, com vista à avaliação do grau de

qualidade da linha de água adoptada;

- Realizar monitorizações (ou inspecções) regulares, com o objectivo de reunir e interceptar

dados comparativos (no mínimo duas inspecções por ano);

- Implementar acções que promovam a melhoria do rio ou ribeira adoptado (no mínimo uma

acção por ano);

- Sensibilizar a comunidade para a adopção de estratégias promotoras de mudanças

conceptuais, com vista à melhoria do ambiente em geral e das linhas de água em particular;

- Promover a ligação afectiva da população ao espaço ribeirinho e à comunidade local;

- Organizar acções, actividades e eventos para a promoção, divulgação e discussão sobre a

água e a importância dos ecossistemas ribeirinhos;

- Levar a comunidade local a adoptar um papel activo na defesa do ambiente e na redução dos

impactes negativos de algumas acções do Homem nos ecossistemas ribeirinhos;

- Promover a utilização de novas tecnologias de informação;

- Alargar a informação e sensibilização à população em geral, promovendo campanhas de

sensibilização e acções de melhoria;

- Em contexto escolar, contribuir para a implementação da educação ambiental enquanto área

transversal na política das escolas.

Público-alvo

Todos podem participar, nomeadamente:

- Municípios;

- Empresas;

- Escolas (desde o ensino pré-escolar até à Universidade);

- ATL;

- Grupos de escuteiros;

- Associações/grupos culturais, de pescadores, agricultores, caçadores;

- Lares de 3ª idade;

- Grupos de amigos;

- Famílias;

- População em geral.

Equipa técnica

Ideia original:

Associació Habitats para Projecte RIUS Catalunya

Adaptação:

Proxecto RÍOS Galiza - ADEGA/USC

Adaptação portuguesa:

ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental - www.aspea.org

APG – Associação de Professores de Geografia - www.aprofgeo.pt

CEG/DG FLUL – Centro de Estudos Geográficos/Departamento de Geografia da Faculdade de

Letras da Universidade de Lisboa – www.ceg.fl.ul.pt

LPN – Liga para a Protecção da Natureza – www.lpn.pt

Tradução:

Ana Aldeia, Clara Rocha Santos e Cristina Levita

Revisão/validação científica e técnica:

Catarina Ramos, Eusébio Reis e Carlos Neto (CEG /DG - FLUL)

Luísa Chaves, Paula Chaínho - LPN

Francisco Melo Ferreira - Centro de Tradições Populares Portuguesas “Prof. Manuel Viegas

Guerreiro” (CTTP)

Márcia Moreno

Reabilitação e valorização de rios:

Pedro Teiga - FEUP

Parceiros:

APG – Associação de Professores de Geografia

CEG/DG FLUL – Centro de Estudos Geográficos/Departamento de Geografia da Faculdade de

Letras da Universidade de Lisboa

LPN – Liga para a Protecção da Natureza

FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

INAG – Instituto da Água

Coordenação geral:

ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental

Metodologia

O Projecto Rios é um projecto de educação ambiental que contribui para a implementação de

soluções sustentadas para os problemas dos ecossistemas fluviais. Para além da vertente

técnica, este projecto visa também a tomada de consciência ambiental baseada na

participação voluntária e activa dos cidadãos (vertente social).

O Projecto Rios pretende criar uma rede de monitorização e de adopção de troços de rios e

ribeiras por grupos locais organizados. Recorrendo a uma metodologia de observação, simples

mas rigorosa, estandardizada e de fácil aplicação e desenvolvimento, estes grupos assumirão

a responsabilidade de vigilância e protecção do troço do curso de água que seleccionaram,

contribuindo assim para a melhoria sustentada dos recursos hídricos em geral, e do processo

de reabilitação do seu troço, em particular.

Metodologia de implementação do Projecto Rios

Determinar o troço do rio a

monitorizar

Preparar e verificar todo o

material necessário

Fazer um esquema do troço do rio Descrever o troço do rio

Inspeccionar os colectores

Estudar o ecossistema fluvial

Preencher a ficha resumo de dados

Enviar a ficha-resumo para a

coordenação do Projecto RIOS

Localização geográfica do

troço do rio a monitorizar

Quando fazer a monitorização?

Para permitir a comparação dos dados obtidos por todos os grupos e se poder

elaborar uma informação anual, empregaremos unicamente os dados recolhidos

durante as campanhas de Outono e Primavera.

Contudo, podem realizar monitorizações sempre que queiram e em qualquer época

do ano. É recomendado fazê-lo em finais de Novembro e inícios de Maio, de forma

a podermos conhecer as alterações do rio ao longo desse período.

Acções de melhoria

Deve fazer pelo menos uma acção de melhoria no troço, por ano.

Descrição sucinta dos procedimentos experimentais a realizar

1. Seleccionar, em função da situação geográfica, o troço do rio a monitorizar de acordo com a

coordenação nacional;

2. Analisar o percurso do rio, os materiais do kit e as fichas de observação;

3. Verificar todo o material necessário para a monitorização do rio;

4. Elaborar um esquema do troço do rio – descrição físico-geográfica;

5. Inspeccionar os colectores;

6. Estudar o ecossistema aquático:

- Descrição do local de amostragem (largura, profundidade, velocidade, caudal,

sombra, substrato litológico do leito, rochas, substrato geológico, humidade);

- Medição e registo das características físico-químicas da água (temperatura, pH, NO2,

NO3, dureza, transparência);

- Observação e registo da vida no rio: plantas aquáticas, répteis, mamíferos, anfíbios,

aves, peixes, árvores e arbustos, invertebrados, cogumelos, insectos, borboletas,

líquenes, musgos;

- Registo da situação ambiental do rio e do bosque ribeirinho;

- Levantamento do património cultural (etnográfico mobiliário e imobiliário, recolha de

documentos orais), das catástrofes naturais, entre outros.

7. Preencher a ficha de recolha de dados;

8. Enviar a ficha de recolha de dados à coordenação nacional;

9. Colocar os registos na base de dados on-line;

10. Continuar o processo de adopção do troço monitorizado.

Os grupos deverão desenvolver autonomia para monitorizar e contribuir para a melhoria

do troço adoptado, mediante a metodologia apresentada.

Poderão, contudo, requerer apoio técnico que poderá ser dado por um Monitor do

Projecto Rios (ver “Formação”).

Materiais entregues ao grupo inscrito

- Um Kit didáctico:

- Caixa

- Manual do Projecto Rios;

- Apresentação geral do Projecto Rios

- Lupa;

- Lápis;

- Pinça;

- Fitas de medição de pH, nitratos e nitritos;

- Termómetro (de 3 a 50 ºc);

- Fita métrica (10 m);

- Camaroeiro;

- Prancheta;

- Fichas de campo:

- Ficha da primeira saída de campo;

- Ficha da segunda e seguintes saídas de campo.

- Fichas de identificação:

- Rios;

- Rochas;

- Anfíbios;

- Árvores e arbustos;

- Aves;

- Silhuetas;

- Borboletas;

- Répteis;

- Macroinvertebrados;

- Mamíferos;

- Peixes;

- Plantas aquáticas;

- Líquenes;

- Cogumelos;

- ISQVR – Índice Simplificado da Qualidade da Vegetação do Rio;

- Catástrofes;

- Património etnográfico;

- Disco de Secchi;

- Estado de saúde do rio;

- Tabela de símbolos uniformizados;

Resultados esperados

Com a aplicação prática das ferramentas do Projecto Rios espera-se:

- A adopção de troços de rios ou ribeiras, com vista a uma monitorização regular;

- A aquisição de resultados comparativos que permitam concluir o estado da qualidade da água

e dos ecossistemas ribeirinhos e, como consequência, o estado de saúde do rio;

- A manutenção e conservação do espaço ribeirinho;

- Sempre que possível, participar no processo de reabilitação da zona ribeirinha;

- A promoção da participação pública efectiva (informação, emissão de opinião, realização de

acções), no sentido da preservação de um bem comum;

- A sensibilização da população local, envolvimento de parceiros e decisores do meio hídrico

para conhecer os problemas actuais dos rios e definição de soluções;

- A tomada de consciência da comunidade face à importância da preservação dos

ecossistemas ribeirinhos, para o desenvolvimento local e regional e para a melhoria da

qualidade ambiental e de vida das populações;

- Contribuir para a implementação da Agenda 21, local e escolar;

- Contribuir para a implementação da Carta da Terra e da Directiva Quadro da Água;

- Concretizar a máxima “pensar global agir local”.

Não se adopta o troço de um rio por um dia, uma semana, um mês ou um ano… adopta-se para sempre!

Seja solidário… faça uma boa acção… adopte um rio - esta pode ser a sua missão!

Formação

O Projecto Rios aposta na formação de Monitores que darão, quando requisitado, apoio

técnico-científico aos grupos inscritos.

Actualmente, o Projecto Rios promove 3 tipos de formação:

- 50 horas (formação alargada, financiada e certificada para docentes);

- 16 horas (formação para técnicos e docentes em horário laboral ou pós-laboral);

- 6 horas (formação de demonstração);

Para além das horas de formação, o monitor deverá realizar duas saídas de campo, com um

grupo inscrito, para receber a certificação de Monitor de Projecto Rios.

O Projecto Rios em números…2006/08

87 grupos inscritos de 29 municípios;

3000 participantes e mais de 8000 pessoas envolvidas em actividades;

125 monitores do Projecto Rios em 8 cursos.

[Actualmente, em Espanha, o Projecto Rios, com mais de 10 anos de experiência, desenvolve as suas actividades de

voluntariado, abrangendo mais de 1200 grupos em cinco Comunidades Autónomas: Associació Habitats, na Catalunha;

ADEGA, na Galiza; Xúquer Viu, na comunidade de Valência; CIMA na Cantábria e Territórios Vivos, em Madrid.]

Desenvolvimento de parcerias

A parceria é uma ferramenta que permite aliar esforços em prol de um objectivo comum.

Quantas mais pessoas ou entidades contribuírem para esse objectivo, maior será a

probabilidade de sucesso. O estabelecimento de parcerias com as autarquias locais ou

empresas é benéfico para uma região. A sinergia de diferentes parceiros com diferentes

interesses é fundamental para a concretização de projectos para o desenvolvimento local. O

Projecto Rios promove esta ligação. Trata-se de um projecto que tem em vista a sensibilização

da população, a promoção da participação pública e a preservação ou reabilitação dos rios e

ribeiras locais. Por tal, assume-se como um projecto viável e de baixo custo para a

concretização de parcerias sólidas.

“A união faz a força”. No fundo, todos ficamos a ganhar e, desta forma, contribuímos para o

desenvolvimento sustentável da região: “Nós não herdamos a terra aos nossos pais, pedimo-la

emprestada aos nossos filhos”.

Alguns exemplos de apoio e auxílio que um parceiro pode dar:

· Material didáctico de apoio;

· Financiamento de kits didácticos (ver “Materiais”);

· Apoio financeiro €;

· Instalações, transportes, logística, autorizações diversas;

· Formação e apoio técnico – nomeando, por exemplo, um funcionário para

participar na formação de “Monitor do Projecto Rios”;

· Ajuda na planificação, organização e implementação local;

· Informação, ideias, percepção e potencialidades das actividades a desenvolver.

Vantagens em promover/apoiar o Projecto Rios:

· Promover o conhecimento, a valorização e o desenvolvimento local;

· Facilitar actividades de participação pública;

· Promover a localidade a nível regional, nacional e internacional;

· Implementar as Agendas 21 Local ou Escolar;

· Contribuir para a aplicação da Directiva Quadro da Água e da Lei da Água;

· Contribuir para a melhoria dos rios e ribeiras;

· Materializar a educação ambiental de forma continuada;

· Concretizar a responsabilidade social;

· Promover a própria entidade parceira.

Conclusão

Com a convicção da necessidade da formação de novas mentalidades, indutoras de

comportamentos favoráveis ao desenvolvimento sustentado, quer da população em geral quer

das autoridades de decisão política, a metodologia utilizada no Projecto Rios visa contribuir

para a melhoria das zonas ribeirinhas e, assim, cooperar para a concretização dos princípios

da Directiva Quadro da Água e da qualidade de vida das populações.

Equipa de Coordenação Nacional:

Maria João Correia (ASPEA) – Bióloga – Coordenadora geral

Pedro Teiga (FEUP) – Engenheiro do Ambiente - Coordenador técnico

Luísa Chaves (LPN) – Bióloga

Paula Chaínho (LPN) – Bióloga

Clara Rocha Santos (APG) – Geógrafa

Fátima Matos Almeida (ASPEA) – Presidente de ASPEA

Contactos

Tel.: 919 074 510 (Pedro Teiga)

E-mail: projectorios@gmail.com

Web: www.projectorios.org

"O Projecto Rios na minha Eco-Escola”

Pedro Teiga*

* Aluno de Doutoramento em Reabilitação de Rios da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e coordenador Nacional do Projecto Rios.

Actualmente muitas linhas de água encontram-se fortemente poluídas resultado das acções antrópicas que devem urgentemente ser alteradas. A agricultura e expansão urbana, constitui um forte impacto na deterioração dos rios, restringindo a sua mobilidade, dinâmica e potencial de regeneração natural da sua estão em discussão novos conceitos de engenharia fluvial, com o objectivo de compatibilizar os interesses socioeconómicos com o funcionamento equilibrado e sustentável dos ecossistemas ribeirinhos.

Apesar da Participação pública ser um requisito legal, da Directiva Quadro da Água (DQA) e da Lei da Água, o formato mais utilizado em Portugal de envolvimento da sociedade continua a ser passivo. Estes processos pela sua importância requerem uma formação activa, num contexto formal e informal, onde as componentes dos sistemas fluviais, utilizações, valores ecológicos, estéticos, culturais, sociais, usufruto e lazer sejam debatidos.

É necessário que os processos de participação sejam conduzidos com mais abrangência, de forma a avaliar as varias vertentes e opiniões/sugestões, de modo a obter projectos adaptados a cada situação e contributivos para a qualidade e bem-estar.

A participação pública em Portugal é entre os países da Europa um dos que apresenta níveis mais baixos e onde faltam ferramentas que contribuam para uma sociedade cívica mais activa nomeadamente no âmbito dos recursos hídricos. O Projecto Rios envolvendo as Escolas é a ferramenta preferencial para interligar as pessoas e os rios.

O Projecto Rios surge em 1997 pela “Associación Habitats” com o “Projecte RIUS” na Catalunha. Em Portugal está a ser implementado desde 2006, visando a adopção e monitorização de um troço de rio, de modo a promover a sensibilização da sociedade civil para os problemas e para a necessidade de protecção dos rios. A adaptação para o contexto português foi realizada pela Associação de Professores de Geografia (APG), a Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Actualmente, a coordenação e gestão são da responsabilidade da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) e da Liga para a Protecção da Natureza (LPN).

O projecto visa a adopção e monitorização de um troço (500 m) de rio ou ribeira, de modo a promover a sensibilização da população para os problemas e para a importância da protecção, valorização e melhoria dos sistemas ribeirinhos. Contribui ainda para a reabilitação das zonas ribeirinhas e a concretização dos princípios da Lei da Água, Directiva Quadro da Água, Carta da Terra, Agendas 21 Local e Escolar e Protocolo de Quioto.

Com o Projecto Rios, foi possível até ao momento criar uma rede de grupos, de responsáveis por cada grupo, de monitores e de parceiros, promovendo, em conjunto, a conservação e adopção de diferentes troços de rios que é constituída por: 211 Grupos inscritos de 77municípios (de Norte a Sul); 162 Escolas da rede pública e privada, do pré-escolar ao nível secundário; várias Associações ou Grupos organizados; Autarquias; Ecoclubes; Famílias, Empresas e grupos de amigos. Actualmente estão formados 228 Monitores do Projecto Rios em 14 cursos. As linhas de água adoptadas são maioritariamente da tipologia de rios e ribeiras (cerca de 90%) e em menor numero canais, valas, lagoa, ria, barranco.

Para a concretização do processo de adopção de uma linha de água é necessário elaborar um planto de actividades, , que passam por conhecer o rio com duas visitas anuais e uma acção de melhoria e inscrever-se no site (www.projectoris.org). Esta última actividade deve estar de acordo com disponibilidade de tempo e espaço para a concretizar, estas podem ser: realização de um poster com fotografias das saídas de campo; adaptação de uma letra a uma música no âmbito dos rios; realizar uma exposição ou palestra na escola com a temática dos recursos fluviais, realizar um vídeo com entrevistas a pessoas acerca do estado actual da linha de água, fazer um conto ou uma história que tenha ocorrido no rio; recolher fotografias antigas; realizar postais da biodiversidade do rio adoptado e etc.

O envolvimento activo, numa perspectiva sustentável, quer da população escolar quer das autoridades, utilizando como metodologia o Projecto Rios, permite contribuir para uma sociedade responsável e activa na valorização e reabilitação das zonas ribeirinhas. È possível de forma activa concretizar o lema o “Projecto rios une pessoas e rios”.

Blog: http://projectorios.blogspot.com

Esta documentação foi cedida pelo aluno do Projecto Rios Pedro Teiga

quinta-feira, abril 21, 2011

Rio Sousa Projecto Rios, adoção de 500 metros de Rio

Lousada projeto rios2011, adote 500 metros fotos Napoleão Monteiro Lousada projeto rios2011, adote 500 metros fotos Napoleão Monteiro Lousada projeto rios2011, adote 500 metros fotos Napoleão Monteiro Lousada projeto rios2011, adote 500 metros fotos Napoleão Monteiro Lousada projeto rios2011, adote 500 metros fotos Napoleão Monteiro Projecto rios “adoção de 500 metros”

AARIS Associação dos Amigos do Rio Sousa em Lousada no percurso didático, num troço do Rio Sousa no dia 18 de Abril, integrado na comemoração do dia internacional dos monumentos e sítios, cujo tema era “projecto rios”, adoção de 500 metros de rio.

Conhecer o rio, ver e analisar, quantidade e qualidade da água, fauna, flora, património construído e árvores patrimoniais.

Como um rio, que nasce

de outros, saber seguir

Junto com outros sendo

e noutros se prolongando

e construir o encontro

com águas grandes

do oceano sem fim.

Trecho do poema de Thiago de Melo

Caminhar pelo rio é obter conhecimento do estado de saúde da água, do ar, dos solos , da vida animal e vegetal. Ver com olhos de ver, apalpar, colher amostras, preencher as fichas é ter um conceito alargado do património que também é a água viva. Todos podemos construir um mundo melhor se percorrermos as margens dos rios, ribeiras linhas de água, canais, lagos e até o mar. Olhando o meio ambiente que muitos conspurcam, aliviar as margens, retirar objectos plásticos, vidros, pneus, materiais ferrosos, tratar da flora plantando árvores para segurar as terras no leito de cheias e protegendo a erosão. Se não cortarem as árvores junto do rio e se plantar mais salgueiros, freixo, vimieiros, junco, choupo, as videiras tal como no passado, por as pontes limpas os açudes arranjados os moinhos a funcionar mesmo que seja para produzir energia elétrica, as margens desimpedidas das vedações e muros das casas e quintas, o espaço o espaço de 10 metros laterais de cada lado livre para se poder circular, de acordo com a lei da água, a nossa vida no mundo, torna-se muito melhor com estas ações .

Pensar em adotar 500 metros de rio é ter gosto pela natureza e são só preciso 4 pessoas apenas. Não é nada do outro mundo, vamos juntar as massas humanas para tomar conta dos rios Sousa, Mesio, Cavalum, Ferreira e todos seus afluentes mesmo que seja uma linha de água.

O sonho é ver as formas invisíveis

Da distância imprecisa, e como sensível

Movimentos de esperança e de vontade,

Buscar na linha fria do horizonte

A árvore, a praia, a flor, a ave a fonte —

Os beijos merecidos da Verdade

Fernando Pessoa

Gostei da prova, vamos tratar dos kits e vamos iniciar os contactos. Parabéns CMLousada pela vinda do técnico eng. Pedro Teiga demonstrar o que se deve fazer, para manter o património ÁGUA o melhor possível para a vida.

“AARIS” Associação dos Amigos do Rio Sousa

Napoleão Monteiro

quarta-feira, abril 13, 2011

Caminhada Cultural em Lamego

16 de Abril de 2011

 

Programa

  • 10h00 - Chegada ao Largo da Sé
  • 10h15 - Visita guiada pelo Sr. Bispo da Diocese de Lamego, D. Jacinto Tomás Botelho, à Sé Catedral
  • 11h00 - Visita guiada ao Museu de Lamego
  • 11h45 - Visita guiada ao Bairro e Castelo de Lamego
  • 12h30 - Visita guiada à Igreja de Almacave
  • 13h00 - Almoço livre
  • 14h30 - Caminhada ao Balsemão
  • 19h00 - Jantar no Restaurante Paixão

Sobre Lamego

Lamego emana história, antiguidade e património. Percorrer as suas ruas e avenidas é trilhar pedras e recantos que testemunham lutas e guerras, que recordam o seu resgate por Júlio César no ano 60 A.C. para que se elevasse a cidade no século IV.

Cidade impregnada de história, encerra em si testemunhos vivos do domínio visigótico, das ocupações árabes e cristãs. Nos edifícios Afonsinos, nos solares e casas brasonadas, nas igrejas, mosteiros e capelas, subsiste uma confluência de estilos: românico, gótico, renascentista e barroco.

Mas o esplendor máximo da cidade é, sem dúvida, o majestoso Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Em Setembro, dia e noite, Lamego vive intensamente a celebração da Romaria à sua padroeira. A cidade fervilha de emoções, acontecimentos culturais e religiosos: procissões, desfiles, folclore e muito, muito fogo-de-artíficio, bombos e bandas de música, que todos os dias levam a festa às ruas da cidade.

Lamego é um lugar incontornável para quem visita o Douro Sul. Uma das primeiras cidades a tornar-se sede de bispado, foi igualmente pioneira, no século XVI, na exportação do Vinho do Porto para os mercados ingleses. A deliciosa gastronomia de mil segredos e sabores atrai pelas suas iguarias. A doçaria conventual tem a sua expressão máxima nos bolos e doces, outrora confeccionados pelas mãos de exímias freiras. E o seu artesanato rico e diversificado é uma herança de arte e engenho perpetuada por gerações e gerações de lamecenses que ainda hoje trabalham as matérias-primas da natureza, transformando-as em objectos e utensílios do seu quotidiano.

Os inúmeros visitantes e turistas que durante todo o ano visitam a cidade são recebidos com simpatia e hospitalidade pelos seus habitantes e acolhidos em modernas unidades de alojamento. Encontram história, tradição e uma forte herança cultural, mas também variadíssimos programas de lazer e desporto ao ar livre, graças às excelentes condições naturais para a prática de actividades desportivas, radicais e fluviais como pesca e canoagem nas águas límpidas dos rios Douro, Varosa e Balsemão.

A Sé de Lamego, foi fundada em 1129. É uma catedral gótica, mantém a torre quadrada original, mas o resto da arquitectura reflecte as modificações feitas nos séculos XVI e XVIII, incluindo um claustro renascentista com uma dúzia de arcos bem proporcionados.

No século XII, após a restauração da diocese de Lamego, iniciou-se a edificação de um templo maior. A sua localização efectivou-se no Rossio de Lamego, na zona baixa da futura urbe, e iniciou-se no ano de 1159. Sagrada em 1175 a Santa Maria e a S. Sebastião, a provável conclusão da Sé só viria a acontecer em 1191. Contudo, as várias idades da História encarregaram-se de alterar, significativamente, o seu perfil românico original.

 

A Sé abre-se para um amplo adro lajeado, obra do século XVIII, com a fachada marcada pela robusta torre remodelada em Setecentos.

A fachada principal do templo foi reconstruída no reinado de D. Manuel I, combinando as formas do gótico flamejante e o tímido eclodir de algumas formas da Renascença. Com efeito, esta renovação da Sé episcopal começa no século XV e prolonga-se pelo seguinte. A campanha de obras da fachada realizou-se entre 1508 e 1515, de acordo com os planos do arquitecto João Lopes. No piso térreo rasgam-se três portais ogivais, com o central de maiores dimensões, constituídos por diversas arquivoltas assentes em colunelos, decorados com esculturinhas de motivos vegetalistas e zoomórficos. Acima destes abrem-se janelões góticos, com o central de dimensões monumentais e repartido por pétreas molduras curvas. Os três panos da fachada são divididos por quatro contrafortes e rematados superiormente por pináculos cogulhados.

Das diversas dependências que se prolongam a norte da fachada principal, é de destacar o antigo Paço dos Bispos, construção do Barroco setecentista e que é ocupado, desde 1917, pelo Museu de Lamego, onde se guardam algumas das melhores obras de arte da Sé e de outras casas religiosas da cidade.

O interior da catedral é repartido por três naves divididas em três tramos e cobertas por abóbadas de aresta, assentando em arcos de volta perfeita e grossos pilares. Os tectos foram pintados na primeira metade do século XVIII pelo pintor-arquitecto italiano Nicolau Nasoni, revelando perspectivadas composições do Barroco triunfante, com temática arquitectónica enquadrando episódios bíblicos. Nas naves laterais abrem-se diversos e sumptuosos altares barrocos. De grandes dimensões, a capela-mor foi reformulada no século XVIII, possuindo um retábulo dos finais de Setecentos combinando mármores e talha dourada, bem assim como um neoclássico cadeiral de alto espaldar. As janelas, portas, arcos e os seus dois órgãos são decorados por aparatosas estruturas de talha dourada. As capelas colaterais são modeladas por soberbas talhas retabulares barrocas, da autoria de João Garcia Lopes e realizadas em 1751. O altar principal do Santíssimo Sacramento possui um laborioso frontal de prata, obra de um ourives portuense e datada do terceiro quartel do século XVIII.

No coro alto pode admirar-se um belo cadeiral com pinturas, gracioso trabalho do Barroco do século XVIII. A iluminada sacristia contém um cenográfico Calvário com talha rocaille , obra de uma oficina regional e datada de 1757.

O equilibrado claustro catedralício é um empreendimento do século XVI, apresentando-se dividido em dois pisos, o primeiro formado por arcos de volta perfeita e o superior constituindo-se como galeria de colunas simples sustentando um alpendre.

Na planta inferior da crasta situam-se duas magníficas capelas. A dedicada a Santo António é revestida por altar de talha dourada e policromada, abrigando sagradas imagens seiscentistas. A Capela de São Nicolau, concluída em 1563, apresenta parte das paredes forradas com azulejos setecentistas alusivos à vida do santo e que são obra de uma oficina da capital. Possui ainda um harmonioso e movimentado retábulo de talha do século XVIII. Nesta capela quinhentista encontra-se sepultado D. Manuel de Noronha, um dos mais destacados bispos da diocese de Lamego.

Museu de Lamego - O Museu situa-se em pleno centro histórico da cidade de Lamego e está instalado no antigo Paço Episcopal, mandado reconstruir por D. Manuel de Vasconcelos Pereira, Bispo de Lamego entre 1773 e 1786. O edifício atrai pela sua singela fachada, bem ao sabor do barroco provincial, pouco dado às efusões plásticas então em voga, mas não abdicando de uma equilibrada grandiosidade, compatível com a dignidade eclesial do seu inquilino. O portal setecentista, de uma elegância contida, ostenta no topo o brasão do seu reconstrutor, ladeado por um corpo de janelas sobriamente decoradas, que se prolongam, superiormente, nas varandas com balaústres, ao gosto da época. D. Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito, Bispo de Lamego entre 1901 e 1922, aqui pretendeu instalar um Museu de Arte Sacra, mas a Revolução de 1910 obrigou à suspensão dos trabalhos.

No ano seguinte, a Câmara Municipal de Lamego decidia a criação de um Museu Artístico, a partir de do espólio recolhido por este Prelado, o que só veio efectivamente a acontecer em 5 de Abril de 1917, por publicação em Diário do Governo (n.º 53, 1ª Série), com a denominação de Museu de obras de Arte, Arqueologia e Numismática, ainda com a instalação provisória no ex-Paço Episcopal. A característica mais notória da colecção do Museu de Lamego é, sem dúvida, o seu eclectismo, à semelhança do que sucede na maioria dos museus. O espólio primitivo de mobiliário, tapeçarias, escultura e pintura, que já se encontrava no Paço, foi complementado com ourivesaria, paramentaria, capelas e respectivas esculturas provenientes do extinto Convento das Chagas de Lamego, a que se acrescentou o acervo arqueológico que a Câmara Municipal e particulares cederam ao museu. Cronologicamente e do ponto de vista estilístico, esta colecção situa-se maioritariamente no século XVIII, sem prejuízo de, no seu todo, abranger um largo período que vai do século I aos nossos dias, com evidente realce para o período renascentista, onde as tapeçarias flamengas e a pintura de Vasco Fernandes assumem o estatuto de ex-libris do Museu.

O Museu de Lamego constitui uma importante referência artística e patrimonial no panorama regional, nacional, e mesmo internacional, pela excelência e singularidade de algumas das obras de arte que expõe, possuindo, actualmente, em regime de exposição permanente, secções de pintura (séculos XVI a XVIII); escultura (séculos XIII, XIV, XVII e XVIII), ourivesaria (séculos XV a XX), cerâmica e azulejaria (séculos XVI a XX), arqueologia (romana, medieval e barroca), capelas e altares (séculos XVII e XVIII), viaturas (séculos XVIII e XIX) e mobiliário (séculos XVII a XIX).

Castelo de Lamego - De arquitectura militar, românica e gótica, o castelo de Lamego foi construído numa montanha, adaptando-se à morfologia do terreno. A sua característica particular é o facto da cisterna se encontrar distante da alcáçova. Actualmente é delimitado por panos de muralhas e torreões, resistindo ainda a Torre de Menagem, do século XII, e a cisterna. A sua construção começou no séc. XIII, com o objectivo de proteger os moradores da cidade. No século XVII ergueu-se um nicho em honra de Nossa Senhora da Graça. Dois séculos mais tarde foi colocado um sino (executado por Mateus Gomes). Em 1920, é colocado um novo relógio na torre de menagem e retiram-se os sinos para a Igreja de Santa Maria de Almacave.

Igreja de Almacave - Construída próximo de uma necrópole árabe (macab - derivando daí o nome de Almacave), este templo religioso é uma construção românica (séc.XII), tendo sido profundamente alterado, especialmente no séc. XVII, como são testemunho os painéis de azulejos com motivos geométricos e vegetalistas, o púlpito e a talha dourada. Do primitivo românico é de salientar um belo pórtico de arco apontado e arquivoltas. No séc. XVIII, os altares foram enriquecidos com azulejos e talhas douradas. De realçar ainda, no seu interior - de nave única - sem transepto e com capela-mor, os azulejos das paredes e do coro; o púlpito construído em 1600 e as esculturas de S. José e de Santo António, em madeira estofada do século XVIII. Reza a história que terá sido na Igreja de Santa Maria de Almacave que se realizaram as primeiras cortes do Reino de Portugal, corria o ano de 1143. Ainda hoje, a evocação desta assembleia, na qual terá sido aclamado e investido o primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques, é um dos símbolos do passado histórico de Lamego.

Capela de S. Pedro de Balsemão - Construída em época visigótica, sec. VII, a pequena capela de São Pedro de Balsemão constitui um dos raros exemplos de arquitectura religiosa altimedieval actualmente conservados em território português. O templo foi substancialmente modificado ao longo dos tempos, como se comprova pela actual entrada Sul, barroca, e pela solução dada à fachada ocidental, onde se situaria a entrada principal, adossada a um edifício residencial bastante posterior datado dos sec. XVII/XVIII. Da primitiva edificação conserva-se a disposição geral do interior, de três naves separadas por séries de três arcos de volta perfeita assentes em capitéis coríntios, talvez aproveitamento de colunas e capiteis Romanos, e cabeceira com capela única quadrangular. Deste período destaca-se a abundante decoração de base geométrica, cuja profusão de elementos não encontra paralelo em nenhum outro monumento peninsular contemporâneo. No século X, em pleno processo de repovoamento, a igreja foi objecto de uma renovação, ainda mal conhecida, mas cujos dados apontam para uma manutenção geral das estruturas já existentes.

Durante a Baixa Idade Média a Capela passou para a posse do bispo do Porto, D. Afonso Pires, que aí se fez sepultar num túmulo gótico no final do sec. XIV, e cuja qualidade plástica está patente no grupo escultórico do Calvário na testeira. Já no século XVIII a Capela foi aproveitada para panteão da família que detinha estas terras e, mais recentemente, na primeira metade do século XX, procedeu-se ao primeiro restauro do monumento. Actualmente esta pequena igreja basilical disputa com 3 outros templos, de norte a sul do pais, o titulo de templo Cristão mais antigo do país.

Sobre a Caminhada

No percurso/caminhada do Balsemão, o contacto entre granitos e xistos evidencia a riqueza geológica desta zona. As escarpas rochosas das margens do Rio Varosa são de uma beleza extraordinária. Nestas, a águia-de-asa-redonda labuta na construção de ninhos e alimenta-se de pequenas aves e mamíferos. As vinhas e os olivais predominam nesta região, onde também se podem observar espécies invasoras, como a cana-comum e a mimosa. Os silvados abundam no seio de giestas e de estevas. O pilriteiro e o medronheiro são plantas arbustivas existentes nas margens do Rio Varosa. Com as suas bagas vermelhas, propiciam imagens de formosura ímpar. Freixos e amieiros, plantas arbóreas, e rosmaninho, planta aromática, crescem com facilidade, pois o rio proporciona-lhes a água de que necessitam.

Pequeno percurso, paisagem deslumbrante, com cerca de 9 Km e com grau de dificuldade média. Piso de alcatrão, calçada portuguesa, terra batida e paralelo.

Conselhos Gerais ao Caminheiro

Por vezes existe alguma dificuldade em escolher o vestuário adequado para as actividades de Outdoor (ao ar livre), pois existem diversos factores que nem sempre são controlados ou do conhecimento dos praticantes.

Alguns conselhos/informações gerais.

A experiência torna-se então um aspecto importante.

1- Vestir de modo a não ter calor ou frio;
2- Estar preparado para o vento e chuva;
3- Estudar a natureza do percurso (montanha, no litoral, floresta, etc);
4- Ponderar a distância e a duração do percurso e em função disso levar mais ou menos vestuário.

Tipo de Vestuário:

1- O vestuário deve ser transpirável e facilitar os movimentos;
2- As zonas do corpo mais exposta devem ser cobertas com material mais resistente e leve;
3- O vestuário deve permitir a ventilação, sobretudo nas costas, axilas, punhos e pescoço.

Vestuário - Calçado:

A escolha do calçado depende do tipo de percurso e da época do ano.
As botas de Trekking polivalente são as mais indicadas.
As botas não devem ser apertadas pois dificultam a circulação.
Devem ser moldadas antes de serem utilizadas a sério.
A pele deve ser impermeável e a sola deve absorver os impactos.

Equipamento

  • Mochila (ergonómica e se possível com reservatório de água)
  • Gorro/boné impermeável
  • Bastão de caminhada
  • Óculos
  • Canivete Multi-Funções
  • Kit 1º Socorros

Equipamento de Orientação

Alimentação

Não deve nunca faltar água e alguma comida.
A alimentação deve ser ajustada em função das características do percurso e da época do ano.
Levar água (quente, num termo, se for Inverno);
Levar alimentos práticos e energéticos;
Alimentos liofilizados.

Conselhos Úteis

  • Evite usar calçado novo nas caminhadas;
  • Use roupa leve e adequada à estação do ano e às condições do tempo;
  • Transporte sempre comida e água na mochila;
  • Leve máquina fotográfica;
  • Evite andar sozinho;
  • Avise familiares e amigos para onde vai fazer estas actividades;
  • Leve sempre roupa de forma a poder jogar com as peças;
  • Faça percursos adequados ao seu nível de preparação.

Caminhar pode fazer verdadeiros milagres pela sua saúde. Esta é a opinião generalizada de médicos, professores de educação física e profissionais de saúde, que cada vez mais aconselham a combater o sedentarismo típico das cidades, fazendo uma ou mais actividades físicas regularmente.

16 de Abril

Programa

19h00 - Jantar no Restaurante Paixão

Aperitivos

Bolinhos de bacalhau, rissóis de carne, rissóis de camarão, bola de carne, bola de bacalhau, croquetes, caprichos do mar, queijo e presunto.

Jantar

Sopa de legumes, Espeto de carne mista com batata frita, arroz e feijão preto.

Bebidas

Vinho branco e tinto da região do Douro e refrigerantes.

Sobremesa

Natas do céu, salada de frutas, fruta ou pudim caseiro.

Café ou chá

Preço por pessoa: 10.00 Euros

Inscrições: TLM 96 8013140; 91 9552233

segunda-feira, abril 11, 2011

AARIS na caminhada em Boelhe no património rural e paisagísticolocais.

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Boelhe freguesia de Penafiel hoje dia 10 de Abril foi rica de atividades desportivas, a 2ª caminhada à descoberta do património rural e paisagístico, arrastando mais de centena e meia de pessoas pela montanha de Boelhe terra do românico, até ao ponto mais alto, o marco geodésico que divide as freguesias de Boelhe, Perozelo e Cabeça Santa. No final da caminhada o lanche bem esperado, à mistura com a comemoração de aniversários de três pessoas e as atividades desportivos do esticar da corda e seu jogo, assim como o retrato da família de Bolhe e a simulação de acidente, uma demonstração de como Caminhada em Boelhe 2011 Imagens de Napoleão Monteiro Caminhada em Boelhe 2011 Imagens de Napoleão Monteiro Caminhada em Boelhe 2011 Imagens de Napoleão Monteiro Caminhada em Boelhe 2011 Imagens de Napoleão Monteiro socorrer alguém que se possa sentiu mal, ou seja, sugestões de acidentes, como prevenir. A prevenção, foi algo para e refleção, ensaio e outras de foro cardiovasculares, ensinamento de colocar garrotes e demais. Os caminheiros gostaram, ninguém de aleijou e esta lição leva a que para o próximo ano se continua com atividade destas, uma vez fazer parte da obtenção de uma melhor preparação física das pessoa, na obtenção de melhor saúde. Executivo da junta e seu Presidente Avelino Silva e equipa de Jovens mostraram os conhecimentos musicais, seus dotes de violas e acordeão pelas matas de Boelhe e Sr. João Soares pessoa culta na história das terras de Boelhe, que nos acompanhou e foi informando sobre o decorrer da caminhada de Boelhe, do moinho e outros Visita à mostra de artes e cultura "Pintar Boelhe", tem levado a efeito, anualmente, o evento “Pintar Boelhe”, procurando dinamizar as artes e a cultura, aliando o património e o meio ao bem receber característico das nossas gentes. A 3ª edição, além das exposições de trabalhos e obras,  distinguirá a artista Maria do Carmo Azevedo e homenageará a jovem autora/escritora Andreia Camilo.a decorrer nos dias 15, 16 e 17 de Abril. (Re)Abertura à comunidade do Moinho Cisterna do Passal Paroquial de Boelhe.
Quem é Andreia Camilo!... É uma lutadora, teve vontade de escrever e assim o fez. Portadora de paralisia cerebral, doença que não a impediu de levar a sua vontade a enfrentar as bancas da cultura. Andreia vai apresentar o livro, cujo lema e os seus objectivos foi nunca desistir por mais difíceis que estes se possam tornar. Um convite a todas a pessoas dia 17 às 17 horas Igreja de Boelhe. Parabéns Andreia.

Em Abril: a 2ª caminhada à descoberta do Património Rural e Paisagístico, a 3ª edição da mostra de artes e cultura “Pintar Boelhe”, a “Feirinha da Páscoa”, o pão-de-ló e lembranças preparadas pela Comunidade Educativa, as solenidades da Semana Santa e o Domingo de Páscoa: reúna a família, pelo convívio e lazer, em comunidade.

Em Abril, Boelhe (com)vida!

AARIS /NM