terça-feira, outubro 21, 2008

Serras de Pias e Castiçal Agredidas

A AARIS Associação dos Amigos do Rio Sousa , Associação ambiental do Rio Sousa e seus Afluentes, (Vale do Sousa de Felgueiras até à foz do Sousa em Gondomar, ao tomar-mos conhecimento da informação deste cidadão Sr. Jaime Prata, não podemos ficar imunes, em ser ou não ser, verídica a nota de alerta, da situação que me acabou de chegar, sobre as concentrações de veículos poluentes.
Esta Associação, manifesta a sua revolta pela destruição do património, além da poluição com os veículos a motor, e como tal vai desde já dar informação às autoridades pelo conteúdo lido e apuramento da verdade.
No Vale do Sousa não a este tipo de actividades pelas montanhas com veículos motores, nas estradas é com as autoridades em darem ou não autorização, além que também repudiamos pelos gases libertados na Atmosféra, apenas pelo belo prazer.
Sim com bicicletas a pedal BTT e em pedestrianismo. ´Como dizer.
Se querem fazer flores andem a pé ou de bicicleta.

NOTA Informativa.


Serras de Pias e Castiçal Agredidas.
No sul dos Concelhos de Paredes e Penafiel, paredes-meias com o concelho de Valongo (serras de Pias e Castiçal) existe uma extensa área em que a natureza se encontra relativamente preservada, com pouca pressão humana, onde subsiste alguma agricultura dispersa por uma grande mancha florestal. Para além de muita floresta industrial de pinheiros e eucaliptos, subsistem bosques de vegetação autóctone onde para além de Carvalho alvarinho (Quercus robur), Carvalho negral (Q. pyrenaica), Sobreiro (Q. suber), Castanheiro (Castanea sativa) e Medronheiro (Arbutus unedo), se encontram algumas espécies mais raras como o Folhado (Viburnum tinus), o Azereiro (Prunus lusitanica), o Loureiro (Laurus nobilis), o Loureiro-cerejo (Prunus laurocerasus), o Azevinho (Ilex aquifolium), o Freixo (Fraxinus excelsior) e a Pereira- brava (Pyrus bourgaeana).Esta área é atravessada por inúmeros cursos de água como os rios Sousa, Ferreira e Mau e seus tributários como o ribeiro de Lagares, o ribeiro das Banjas etc.. É precisamente nas margens e lameiros destes cursos de água que se pode encontrar uma grande biodiversidade e bosques ripícolas bem conservados. Nestas zonas existem espécies com um alto estatuto de conservação, sobretudo anfíbios e répteis, destacando-se endemismos como a rã ibérica (Rana iberica) e a salamandra lusitânica (Chioglossa lusitanica) para citar apenas alguns exemplos que, no Concelho de Valongo, contribuíram decisivamente para que algumas áreas integrassem a Rede Natura.Também com estatuto de protecção existem na área os urzais-tojais (povoamentos de Erica umbellata, Pterospartum cantabricum, Ulex micranthus, Ulex minor etc.) onde se abriga o pinheiro-baboso Drosophyllum lusitanicum, espécie insectívora em vias de extinção e por isso protegida.Os urzais higrófilos constituídos por Lameirinha Erica ciliares, Tojo- molar Ulex minor, Arranha-lobos Genista berberidea, Cardo Cirsium filipendium, Urze Caluna vulgaris, Tormentilha Potentilla erecta, etc. são considerados habitats prioritários para conservação pela directiva comunitária "Habitats" e, portanto, cortar ou destruir esses "matos" é uma actividade potencialmente nociva e ilegal.Neste espaço os produtores florestais organizaram-se para preservar a floresta criando uma das primeiras e mais extensas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) onde se pretende desenvolver boas práticas florestais, proteger a floresta dos fogos e desenvolver uma actividade silvícola sustentável e respeitadora dos valores naturais.Pois é precisamente nesta zona que se vai desenrolar nos dias 24 e 25 de Outubro, um Raide todo-terreno denominado Raid TT Porto-Marco, que foi organizado completamente à revelia dos proprietários e da entidade gestora da ZIF e que, sem mostrar o menor respeito pelos proprietários e pelos valores naturais, apareceu, já organizado e patrocinado, propondo-se atravessar e espezinhar estas zonas com centenas de veículos motorizados, não falando já dos espectadores da prova.A organização, a cargo do Moto Clube do Marco ignorou os direitos dos proprietários (a prova realiza-se quase inteiramente em caminhos privados) e colocou placas a proibir o trânsito em acessos particulares, privando assim os proprietários do livre acesso aos seus terrenos durante dois dias, o que constitui um atropelo às liberdades e garantias dos cidadãos.Faço aqui um apelo para que manifeste a sua oposição a este evento enviando uma mensagem de repúdio directamente para a página da organização (www.mcmarco.eu) (onde existe uma caixa para mensagens directas de e-mail), bem como para as Câmaras do Porto, Valongo, Paredes, Penafiel e Marco de Canaveses.Cumprimentos e obrigadoJaime Prata

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