quinta-feira, outubro 23, 2008

Carta Aberta O Motor Clube do Marco "RAID TT"

AARiS

A AARIS “ é uma das Associações Ambientais dos Rios do Vale do Sousa, tem estado a assistir nestes dois dias a missivas de pessoas que são referidas neste blog. Assistir a assuntos que são da inteira responsabilidade das autoridades competentes, fiscalizadoras GNR SEPNA, mais Instituto da Conservação da Natureza e penso que só depois entrarão as Câmaras em dar licenças.
No entanto segundo o que dizem, tiveram V. Ex. o cuidado de reunir com mais de 20 entidades para chegar a consensos. “Não se lembraram porventura de que existia uma Associação Ambiental que não passa licenças para esse tipo de provas, porque senão as reprovaria de imediato”. Não por ser a uma Associação mas sim e só em olhar a redução da poluição que vão aumentar globalmente.
A opinião que deixamos é simplesmente evitar esse tipo de acções e partir para outras que não poluam.
Se tem autorização do Instituto da Conservação da Natureza e da GNR, não falando no ACP Portugal. É porque estudaram bem o que iam fazer, caso contrário, seriam iguais aos que vão poluir.
Para fazer poluição, basta no nosso dia a dia, na produção de energia, para alimentar as fábricas e poder obter riqueza.
Façam bom desporto pensando sempre em que vão poluir e não vão produzir nada nem acumular energia para a semana a seguir.
Pensem em poluir o menos possível.
Para que não nos culpem de algum mal entendido vou colocar vossa carta aberta.



CARTA ABERTA
Exmº. Senhor Jaime Prata,
O Motor Clube do Marco é uma associação sem fins lucrativos que centra a sua actividade em acções desportivas, culturais e sociais. Esta colectividade e os seus associados têm uma intervenção cívica e voluntária, através dos projectos e iniciativas que vêm marcando os mais de 15 anos de vida desta associação na comunidade portuguesa, pretendendo contribuir para a afirmação e desenvolvimento cultural e social de toda esta região.
Esta agremiação, na preparação e realização do RAID TT PORTO – MARCO 2008, para além dos ofícios que emitiu a solicitar a colaboração e autorização de todas as entidades envolvidas, teve o cuidado de reunir com mais de duas dezenas destes organismos para encontrar soluções conjuntas satisfatórias para todos, nomeadamente as várias reservas de caça, associações florestais, grupo Portucel e Soporcel, autarquias locais envolvidas, Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, federação que tutela esta actividade, agentes particulares, Guarda Nacional Republicana, corporações de Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha Portuguesa, e as muitas associações envolvidas que colaboram na organização deste evento. De salientar que todos estes organismos manifestaram pelo nosso trabalho uma enorme compreensão e apoio pois entendem que colocamos ao serviço de toda a comunidade o voluntariado acima de qualquer interesse pessoal.
Nesta complexa jornada que tem mais de uma centena de pessoas que voluntariamente colaboram, para além das muitas dezenas de autoridades civis e militares que garantem a segurança e o normal funcionamento desta actividade, ficou assegurado zonas destinadas ao público, denominadas zonas espectáculo. Estas zonas, expressamente criadas não só para facilitar o acesso dos espectadores mas também como forma de prevenção na preservação do espaço público e privado, foram devidamente preparadas e acauteladas para receber o público.
Contrariamente ao que o senhor afirma, o evento RAID TT PORTO – MARCO 2008, organizado por esta colectividade, não tem fins lucrativos. Conta com alguns apoios e parcerias para colmatar as suas despesas de promoção e organização. Como devia saber, uma esmagadora maioria das associações portuguesas, como é o nosso caso, sofre de limitações que condicionam a sua acção, essencialmente, pela debilidade no modo de financiamento, dado que quase a totalidade, dispõe de recursos próprios escassos.
Não é verdade que tenhamos proibido o acesso a qualquer propriedade particular, muito menos a utilização de propriedades privadas não autorizadas como trajecto da prova. Para a segurança de pessoas e bens ficará o trânsito condicionado nas horas em que decorre o evento, pelas autoridades policiais. O percurso que inicialmente estava traçado na zona que refere é efectivamente caminho público, como poderá facilmente constatar. Mas, com base nas ameaças que nos foram dirigidas por si, através de mensagem de correio electrónico que nos enviou em 13 de Outubro de 2008, às 23h44 (!), decidiu esta colectividade alterar o percurso nessa zona para garantir a segurança da prova, salvaguardando, assim, a integridade física dos participantes.
Para que tenha conhecimento, quando delineamos o percurso do RAID TT PORTO – MARCO 2008, procuramos obter informações junto da Autoridade Nacional das Florestas sobre os procedimentos a cumprir neste tipo de situações. Os pareceres que temos na nossa posse são os exigidos pela legislação portuguesa.
É falsa a sua afirmação quando refere o facto de ignorarmos os direitos dos proprietários das áreas florestadas. Aliás como bem sabe, fizemos uma comunicação do evento à Associação Florestal do Vale de Sousa e tivemos uma reunião com essa associação na qual o senhor esteve presente! Dessa reunião resultou, inclusive, um acordo de princípios, através de protocolo a ser celebrado, em que uma parte do valor da inscrição dos participantes em todas as actividades do Motor Clube do Marco, que envolvam a floresta, reverta a favor desse organismo para que essa verba seja aplicada na área da reflorestação da floresta portuguesa.
Para que registe, partilhamos das suas preocupações com as questões ecológicas e ambientais. Como tal, solicitamos ao Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, um parecer, que como deve saber, é a autoridade que tutela a Rede Natura, em que nos autoriza a passagem da prova nas áreas da sua jurisdição.
O que não concordamos é sermos marginalizados ao ponto de sermos "erradicados", como o senhor sugere na mensagem de correio electrónico acima indicado, impedindo assim prática deste desporto.
Lamentamos o ruído negativo que pretende colocar à volta deste evento e que coloque questões do foro pessoal e privado acima do interesse comum da comunidade.
Assim, só podemos concluir que esta acção é mal intencionada ao pôr em causa a reputação do Motor Clube do Marco, a legitimidade e autoridade das autarquias locais, institutos, autoridades civis e militares, associações e federações envolvidas neste processo de licenciamento da prova.
Neste contexto, rogamo-nos o direito de poder agir judicialmente contra estas atoardas de inverdades e difamações para que seja reposta a verdade e bom nome do Motor Clube do Marco.

A Direcção do Motor Clube do Marco,
Com conhecimento às entidades envolvidas, comunicação social e demais entidades públicas e particulares.

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