quinta-feira, abril 29, 2010

Caminhada serra da Estrela

Caminhada na Serra da Estrela

Folgosinho, 01 de Maio 2010

A ADVB na sua diversificação pelo País, através do seu núcleo de Coimbra, vai pela 1ªvez levar a cabo uma caminhada na Serra da Estrela. Assim A lindíssima aldeia de Folgosinho, vai receber-nos no próximo dia 1 de Maio. Para a caminhada teremos um percurso em “anel”, com o local de partida/… em Folgosinho.

Como quase todo o trajecto que iremos percorrer, é o mesmo que o percurso pedestre que a Câmara de Gouveia tem aberto ao pedestrianistas, chamado “A Rota dos Galhardos” , transcrevo do Site da Câmara de Gouveia as indicações que têm sobre este belo passeio.

A “Rota dos Galhardos” é um percurso pedestre que aproveita em grande parte o troço de duas calçadas romanas, uma delas com a designação de Galhardos e a outra de Cantarinhos. É um percurso de Pequena Rota (PR) que se realiza em plena Serra da Estrela e que envolve apenas a freguesia de Folgosinho, como ponto de partida e de chegada.

Partindo do Largo da Fonte em direcção à Serra, logo chegamos ao Largo dos “lavadouros públicos”. Aqui encontramos um painel referente ao percurso, que será de consulta obrigatória. É junto aos tanques que começa a denominada “Rota dos Galhardos”, nome de pequenos demónios que, segundo a lenda, fizeram a calçada numa noite, a qual devido à sua inclinação, só poderia ser obra sua. Na realidade trata-se de uma calçada construída durante a ocupação romana.

“(…) Estes trechos de calçada fazem possivelmente parte da Via Romana que atravessava a Serra da Estrela. Vinda de Valhetas e de Famalicão, a estrada cortaria direita da Quinta da Taberna a Folgosinho. O percurso da Calçada dos Galhardos deixa supor uma ligação em Gouveia, talvez contornando pelo sul a serra de S. Tiago ou descendo em linha recta de Folgosinho até aquela cidade.(...)”

in “A Arqueologia da Serra da Estrela”, de Jorge de Alarcão

Partindo do “lavadouro” segue-se pela rua da Serra. Mais à frente vamos encontrar à esquerda um caminho asfaltado com a indicação de Viveiros de Folgosinho, que apesar de merecerem uma visita, ficam fora da nossa rota. Continuando a rua da Serra e já fora do aglomerado urbano, vamos encontrar uma cortada à esquerda. A sinalização indicanos o sentido do percurso. Após passarmos o campo de futebol e alguns metros depois, entramos verdadeiramente na Calçada dos Galhardos, encontrando a primeira das quatro casas de abrigo mandadas construir por João de Vasconcelos nos anos quarenta e que serviam de refúgio às intempéries a quem vinha ou ia para a serra, vinha com rebanhos e espigas de centeio, carregadas em carros puxados por bois.

Quase junto à segunda casa de abrigo, a calçada termina abruptamente e à direita surge-nos um pequeno bosque de bétulas, que nos irá acompanhar durante alguns metros até à Portela de Folgosinho. Aqui, cruzam-se três vias: à direita para Folgosinho, em frente para os Casais e Assedace e à esquerda para Videmonte. É neste último sentido que segue o percurso. Continuando por essa estrada, onde de resto se cruzam também duas Grandes Rotas, uma marcada pelo Parque Natural da Serra da Estrela e a outra integrada na rede de percursos das Aldeias Históricas do INATEL, designada por GR 22, que seguiremos no caminho certo deste percurso de Pequena Rota.

PR

Alguns afloramentos rochosos vão competindo com a vegetação. Um pouco afastado do caminho, mas devidamente assinalado, encontra-se um pequeno penhasco que o tempo moldou, dando-lhe a aparência da cabeça de um Faraó. Mais à frente, um pequeno bosque misto, onde predominam Bétulas e Pseudotsugas, presenteia-nos com tantas cores quanto as estações do ano, sendo agradável no pico do sol, uma pequena paragem para um merecido repouso aproveitando as suas sombras. Um pouco antes do sítio do “Jogo da Bola”, deixamos a estrada e apanhamos o trilho à direita que nos dará conta de uma outra calçada, também ela romana: “Calçada Romana da Serra de Baixo” também designada por “Pé da Serra”.

A descida proporciona-nos uma paisagem soberba, valendo sempre a pena pequenas paragens, para melhor apreciar. Já no fundo da encosta, cruzamos a Ribeira do Freixo e aí a calçada termina, fazendo-se o resto do percurso, por um caminho de terra batido até ao lugar designado por Moinhos do Forno. Daqui à Vila, um “saltinho”. Entre sombra de castanheiros e carvalhos, podemos olhar ainda os campos sempre verdes e, de quando em quando, o trabalho árduo de homens e mulheres, que souberam com mestria buscar nas encostas um punhado de solo fértil para o pão de cada dia. Por fim, é a chegada à Vila e depois de se reporem energias numa qualquer simpática tasquinha, para “esmoer”, vale sempre a pena uma última visita pelo povoado, que alguns acreditam ter sido o berço de Viriato.

Noutras eras, todas estas encostas se encontravam cobertas de intensos carvalhais (Quercus pyrenaica). Contudo, o corte sistemático e o pastoreio intensivo desnudaram as serras que muitos anos depois viriam,no âmbito da política florestal do Estado Novo, a serem povoadas por pinheiro bravo. Como consequência, a falta de pastos levou a que muitas pessoas procurassem outros destinos para sobreviver, dando-se início à emigração. Apesar dos incêndios ocorridos nos últimos anos, é ainda possível constatarmos a presença de manchas significativas de pinheiro bravo (Pinus pinaster), que constituem uma fonte de rendimento significativa. Para além desta espécie, podemos ainda presenciar pequenos núcleos de Pinheiro silvestre (Pinus sylvestris), vidoeiro (Betula pubescens), Pseudotsuga, e nas zonas mais baixas e com alguma humidade, o castanheiro (Castanea sativa).

Fauna Flora

Longe vão os tempos em que o lobo dominava as serranias, povoando o imaginário popular. Hoje em dia, este predador constitui já um mito e na falta dele, o javali viu aumentar nos últimos anos os seus efectivos, constituindo um problema para as populações locais que veêm as suas culturas destruídas. O texugo, a gineta e a raposa são ainda espécies que com, alguma frequência, podem ser vistos, embora que de forma fugidia. Algumas espécies cinegéticas, nomeadamente a perdiz, o coelho e a lebre, são observadas com alguma assiduidade. Lá no alto, a águia de asa redonda (Buteo buteo) paira sobre as encostas, aproveitando as correntes ascendentes.

Programa

Como chegar a Folgosinho ?

Para os oriundos do Norte, pensamos que o melhor será a A1 até Aveiro Norte, sair para a A25 e sair em Mangualde.

Em Mangualde, apanhar a EN 232 para Gouveia por aprox. 20Km, até encontrar a EN17 (Estrada da Beira)., onde deverão virar à Esq. No sentido da Guarda.

Na N17, aparecerá à Dir. a placa indicativa de Folgosinho.

Para quem vai de Coimbra, sugerimos oIP3 até ao Rojão Grande, onde se sairá à dir. para o IC12 até Mangualde.

Uma 2ª hipótese será: 500 metros após se ter entrado no IC12, (no Rojão Grande) sair para Tábua, onde uma IP aberta à muito pouco tempo, liga à EN17, numa zona ainda antes de Oliveira do Hospital. Estando na Estrada da Beira (N17) é só rodar até ao cruzamento para Folgosinho.

Indicações aos Participantes

  • Material individual, necessário às condições do percurso.
  • Condição física e estado de saúde adequado às exigências da caminhada.
  • Seguro de acidentes pessoais.
  • Almoço de Sábado.
  • Esta caminhada é considerada de grau de dificuldade médio.
  • O Início da caminhada, está previsto para as 10 horas, e o local de concentração, será no centro de Folgosinho, junto ao início do PR A Rota dos Galhardos.

NOTA - Recomenda-se o uso na caminhada de um calçado com um piso bastante aderente, e de sola rija.

Inscrições (até 29 de Abril)

Caminhada - 5 euros (crianças e sócios da ADVRB com as cotas em dia, grátis).

JANTAR

O jantar decorrerá no famoso restaurante O Albertino, em Folgosinho. A título de curiosidade e excepcionalmente, deixo a ementa que tomamos a liberdade de escolher para todos nós.

  • Entradas: Presunto, Chouriço, Queijo e Morcela.
  • Menu: Arroz de cabidela de Coelho, Cabrito assado no forno, Leitão à Albertino, Vitela de Folgosinho e Javali com feijão.
  • Sobremesas: Arroz doce, creme, requeijão C/ doce de Abóbora e Frutas da época.

Tudo isto pela módica quantia de 13 euros por pessoa.

A ADVB (Núcleo de Coimbra) não se responsabiliza por qualquer acidente que possa provocar danos físicos, morais ou psicológicos nos participantes ou em terceiros. Esta actividade não tem fins lucrativos.

Mais informações

Para mais informações e inscrições, contactar Vaz Pedro (917619080), Jorge Ventura (968013140) ou José Sampaio (917535075).

vale sousa 919769705  AARIS

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